Olá
pessoas!!
Não tenho tido muito tempo para “alimentar” meu Blog pessoal. Isso está acontecendo porque tenho trabalhado muito pela Vitamóre. A questão é exatamente essa, “muito trabalho”.
Alguém tem
uma leve noção do que é administrar uma Associação sozinha? Alguém sabe o
trabalho que se tem para que a Associação tenha credibilidade, ganhe
visibilidade e respeito? Pois é????
É muito
fácil cobrar o “pão pronto”, mas poucos são os que ajudam a semear o trigo.
Já há alguns
dias, fiz uma convocação para uma reunião que aconteceu ontem, para uma
entrevista com um Antropólogo que vai publicar um artigo sobre portadores do
HTLV, qualidade de vida, avanços na causa, etc., ninguém, além de mim,
compareceu a reunião. É uma situação bastante constrangedora. Não foi a
primeira vez que isso aconteceu, mas sei que foi a última. Não vou desistir de
lutar pelo que eu acredito, não vou desistir de ajudar a quem me procura e não
vou desistir de vocês, embora não exista reciprocidade nessa situação.
Continuarei
representando os portadores do vírus HTLV onde quer que me chamem. Continuarei
o meu trabalho solitariamente, exaustivamente, porque acredito no que faço.
O retorno do
meu trabalho tem sido lento, mas está acontecendo. Retorno que vem para
beneficiar a todos nós, retorno que vai garantir maior controle da epidemia do
HTLV no Brasil, retorno que vai garantir que gerações futuras não sejam infectadas
pelo vírus.
O Brasil tem
uma política de saúde pública tendenciosa, manipulada, eletiva e mascarada. Se
a sociedade civil não se unir para que mudanças aconteçam, para que a voz do
povo seja ouvida, pessoas vão continuar morrendo nos corredores dos hospitais,
pessoas vão continuar morrendo com uma simples gripe, médicos vão continuar a
faltar plantões por não concordarem com o salário que recebem e obras faraônicas
continuarão a serem executadas. Temos como exemplo o MAR – Museu de Arte do Rio,
que custou zilhões de reais dos cofres públicos, mas não se tem notícias de
inauguração de novos Hospitais Públicos que possam atender a população carente,
doente e miserável. Hospitais com equipamentos de ponta, profissionais
adequadamente remunerados e capacitados, material suficiente para atender os
pacientes, mais leitos para atendimento de portadores de doenças infecto-contagiosas,
etc. Não amigos, isso não vai acontecer
porque, infelizmente, o povo brasileiro ainda se conforma com “pão e circo”.
Basta olhar o resultado das últimas eleições e das CPIs. Nada dá em nada!!!
Inaugurar
Museus e Estádios de Futebol é muito bonito para turista ver!!! Mas a população
local está na fila para atendimento no INTO, no INCA, no SUS para dar entrada
na miserável aposentadoria, no SUS para fazer uma radiografia para diagnosticar
uma tuberculose ou um exame para fazer uma cirurgia. Muitos, quando são
chamados para fazer o exame, já estão mortos!!!!
Mas é isso
aí!! A culpa é toda nossa!!! Ninguém
quer “atirar a primeira pedra”. O brasileiro, por natureza, sempre espera que
alguém resolva o problema dele, enquanto está em casa assistindo televisão.
Eu venho de
uma geração que fez história e fico muito triste em constatar que a geração
que está aí, só pensa em samba, futebol e cerveja. Estudar para que? Ser
militante de alguma causa, nem pensar!!! Enquanto papai e mamãe continuarem
dando casa, comida, roupa lavada e dinheiro para a balada, tá tudo certo!!!
Eu tenho uma
amiga que diz o seguinte: “....hoje, a adolescência dura até os 40 anos.......
acredito que o meu neto é quem vai me levar para pegar sol, e não o
contrário.....”
Sinto falta
daquele povo brasileiro comprometido com a situação do seu País, sinto falta de
um jornal nos padrões do famoso, e muitas vezes censurado, Jornal Pasquim. O
povo acostumou-se a “levar chibatadas”, a ter seus direitos confiscados, a
engolir os “sapos” que o Governo nos impõe, a achar que um dia tudo vai se
resolver, sem precisar mover uma palha para que isso aconteça.
Hehe povo
brasileiro!! Se continuarmos assim, a
visão do Brasil no exterior continuará sendo a do País onde tem macacos e muita
bunda de fora!!!
Abçs a todos
Sandra do Valle
