terça-feira, 16 de março de 2010

HTLV - Esclarecendo dúvidas

FATORES DE RISCO E ROTAS DE TRANSMISSÃO:

O Indivíduo e o Ambiente

SANGUE >> - Transfusão produtos celulares infectados
- Agulhas contaminadas
SEXO >> - Carga viral, sexo sem proteção
- Múltiplos parceiros(as)
- Tempo de exposição
- Ulcerações
VERTICAL >> - Aleitamento natural
- Transplacentária

Vários comportamentos individuais e exposições têm sido associados com a soropositividade para HTLV-1, correspondendo aos modos de transmissão conhecidos: da mãe PARA A CRIANÇA, principalmente através da amamentação natural; via sexual e via parenteral por transfusão de produtos celulares infectados ou compartilhamento de seringas e agulhas (Manns et al.,1999). Os mecanismos são os mesmos para os tipos 1 e 2 e embora determinantes biológicos ainda necessitem de esclarecimentos, células infectadas parecerem ser essenciais para a transmissão. A presença de co-fatores biológicos, culturais e sócio-econômicos podem influenciar a vulnerabilidade individual e coletiva à infecção, que tende a se aglomerar em familiares e vizinhos em áreas endêmicas (Maloney et al.,1991).
A transmissão materno-infantil ocorre em 20% dos filhos das mães infectadas e tem sido relacionada à carga proviral e altos títulos de anticorpos na mãe e à amamentação prolongada (Kinoshita et al.,1984; Ureta-Vidal etal.,1999). A infecção pós-natal pela amamentação parece desempenhar o papel principal na transmissão vertical. A triagem para o HTLV-1 no pré natal no Japão, seguida de aconselhamento das mulheres soropositivas para evitar a amamentação, levou a significante redução das taxas de infecção entre crianças amamentadas artificialmente quando comparadas aquelas amamentadas naturalmente (Hino et al.,1997). Outras formas de transmissão materno-infantil, como por exemplo, intra-uterina ou periparto, parecem ser menos importantes (Fujino,2000), mas explicam soropositividade em bebês não amamentados pelas mães. Existem exemplos de bebês filhos de mães soronegativas que foram infectados através do leite de "mães de leite" (Ribas et al,2003). A transmissão através da saliva é teoricamente possível, já que o DNA proviral e anticorpos anti-HTLV-1 são detectáveis na saliva, mas até o momento não existe clara evidência da transmissão através desta via (Fujino,2000).
Sexo sem proteção, múltiplos parceiros sexuais, presença de ulcerações genitais e sexo pago aumentam o risco da transmissão sexual (Batholomew et al,1987;Belza,2004). Estudos indicam maior eficácia na direção homem-mulher que na inversa (Murphy et al.,1989a;Larsen et al.,2000).

Fonte: HTLV-4ª.ed.atualizada e aumentada./Anna Bárbara de Freitas Carneiro Proietti et al. - Belo Horizonte: Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais,2006.

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